Sobre ser uma profissional autônoma

Autônoma: pessoa ou algo que age com autonomia, ou seja, por conta própria.

Sim, dei uma sumidinha - e muito tem a ver com o tema deste post. Fiquei sem tempo e, para ser sincera, sem vontade de escrever. Terminei 2021 exausta! Aulas, jobs, imprevistos financeiros, cursos... sem a “obrigação” de estar aqui, acabei colocando meus textos lá embaixo na lista de prioridades. Gerir a vida profissional, sem ter alguém determinando a hora de produzir e a hora parar, me fez perceber que quando somos nossos próprios chefes parece que a escolha fica mais difícil. Se eu não fizer, a única responsável serei eu mesmo – e também a pessoa que arcará com as consequências. E foi aí que entrei no dilema: tirar ou não tirar férias? É nestas horas que o “agir por conta própria” do profissional autônomo mais pesa, eu acho. O fato é que não trabalhar significa não receber também. Se por um lado ficava a dúvida: será que dá para fazer uma pausa agora? Por outro o corpo e a cabeça pediam: pare!!! Por mais incertezas e medos do que viria, resolvi atender. Programei e tirei umas semanas. Foi a escolha certa? Não sei. Para mim foi necessário. Tinha esquecido sobre a importância do descansar... Desde que saí do mundo CLT, do salário fixo, da rotina de um escritório, um dos meus maiores desafios tem sido lidar com as incertezas do universo autônomo. O vai e vem dos alunos é grande. A receita de um mês não é a mesma do anterior e do mês seguinte. Lidar com a imprevisibilidade e a falta de controle tem sido um grande aprendizado. Para uma virginiana toda organizadinha e cheia de programação, perceber que não há controle sobre o dia a dia é um tanto desconfortante. E tudo isso tem cada vez mais provocado a reflexão em mim: para que querer tanto controle afinal? Uma das minhas metas para 2022: deixar fluir! Fazer minha parte, mas seguir o ritmo que a vida me levar. Será que consigo?! Bom, estou de volta e pronta para tentar.